Espécie de Leitor




Leitor Contemplativo
Depois de séculos a leitura passaria a ser algo mais íntimo e pessoal, sem a presença de um orador, sem interferências externa e apenas feita pelo movimento dos olhos e o virar das páginas. É nesse momento que nasce o leitor contemplativo. Essa espécie de leitor se isenta de situações mundanas para se concentrar na leitura, numa atividade solitária, que pode ser interrompida para reflexão, retornada, feita novamente por dezenas de vezes até que o entendimento seja o desejado. É o leitor que procurou o isolamento para absorção do conteúdo, que não se preocupa com quanto tempo faz que esteja lendo. Da mesma maneira poderiam “ler” quadros ou esculturas numa galeria ou admirar e perceber a arquitetura que o cerca.

Leitor Movente
É o leitor que surge pós Revolução Industrial.  A rua virou uma grande vitrine com todo tipo de informação, que é consumida rapidamente e sem intimidade, numa batida de olhos o leitor é bombardeado por imagens e textos que seduzem. Lendo tudo rapidamente, com menos concentração. É o leitor intermediário entre o contemplativo e o imerso.

Leitor Imerso
Com todos os aparatos digitais e possibilidades, não é difícil de imaginar como é essa espécie de leitor. Nada de ordem para ler. O leitor imerso está a todo tempo em prontidão para receber e ler novas informações, traçando seu próprio caminho em navegações alienares ou multilineares. É o leitor que passeia por várias dimensões de conteúdos através dos nós que as une, que pode ter uma leitura que não tem fim, que entrecruza os dados com outros textos, os compara gerando outros conteúdos.